quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

1900 e bolinha x 2011

Meninas, recebi uma daquelas correntes hoje no meu email, normalmente jogo fora mas este eu li,
e achei bem legal e bem verdade. O email compara a educação e comportamento das familiade de antigamente e de hoje em dia. Esse antigamente, não é tão antigamente assim, tenho 30 anos e faço parte desta estatistica dos 1900 e bolinha e nao sou tão velhinha assim!
no email diz resumindo assim:

ex 1: 1900 bolinha :se joaozinho é mandado pra diretoria, leva um esporro e volta com o rabinho entre as pernas fica na moral! se acontece o mesmo hoje em dia é mandado pro departamento de psiquiatria diagnosticado hiperativo, transtorno de ansiedade, déficit de atenção, passam remedio tarja preta e pronto zumbi na área!

2: se fulaninho quebra uma vidraça na rua, quando chega em casa leva uma surra, cresce se forma vida normal sem tralmas, hoje o pai é preso por maus tratos, a criança sem a figura paterna se joga no mundo sem nenhuma rédia e vira mais uma estatistica de pessoa drogada.

Enfim, segue esta linha! Quem tiver interesse de receber o email completo é só pedir.

Bem, a questã, pra mim é que cada caso é um caso, eu nunca apanhei, nao sei como é crescer depois de levar umas palmadas bem dadas (recebidas)! Tenho muito claro pra mim que nao vou bater no meu filho, espanca-lo ou tirar o cinto e marca-lo , pegar galho de arvore...
Existem outros tipos de violência infantil, deixar sem comida, botar terror dizendo que a cuca vem pegar, falar palavras de baixo nivel, deixar ver o pai batendo na mãe, pais viciados (em qualquer coisa).
Penso, se um dia eu der uma palmadinha no meu filho e ele ligar pro conselho tutelar? Vou fazer o que? Quando a assistente social chegar lá em casa eu entrego ele e digo: Toma essa pestinha, quero ver vc criar ele sem colocar rédias, e vc meu filho quero ver quanto tempo fica lá no abrigo!!! (é só um exemplo, acho que nao faria isso).
Penso que, tratando com amor, dedicando tempo, atenção, as coisas podem caminhar bem. Não deixar a responsabilidade da educação nas mãos da babá ou escola, punir certo quando estiverem errados, não passar a mão na cabeça e acusar o outro sem averiguar os fatos.
Mas se mesmo assim as coisas desandarem e se nossos filhos "por escolha propria escolher a solidão", que possamos deitar a cabeça no travesseiro e ter certeza, que fizemos o possivel por eles.
Acho que é um tema bem delicado e difícil.
Muita fé minha gente!


Um comentário:

Cris Bomfim disse...

Milla, vc abordou um tema polêmica: educação infantil, o antes e o hoje!

Pois bem. Eu tive uma educação mega repressora, também pensa: meus pais tiveram nove filhos, com escolaridade miníma e vivendo no abc paulista... o que eles podiam (naquela época) fazer para manter todos na linha: aplicar repressão e religião, e, assim foi. Meus pais são católicos fervorosos e fomos criados na igreja e com redéa curta para todas as outras coisas.

Nunca nos faltou nada. Nem material, nem emocional. Mas apanhar dói no corpo e na alma.

Se vou bater no Rafael quando ele for maior e entender de tudo? ACHO que sim. Sabe porque? Por que criança precisa de limites e quando uma conversa não resolver mais essa pendência de limite o que irei fazer? A palmada será a última alternativa, mas não a descarto. Você me compreende?

Não estou dizendo que vou espancar, de jeito nenhum, sou absolutamente contra a violência, de qualquer tipo: física, psicológica-emocional-moral, material....

Mas o que tenho de parâmetro é a minha vida e a de meus irmãos. Eu apanhei e hoje sou uma pessoa normal (será? rá) e isso me fez bem, porque foi feito na forma e intensidade correta.

Por isso quando digo bater se houver necessidade, digo também que tem que ter sabedoria para fazer: hora certa + proporção certa.

Por isso peço muito à Deus coragem e sabedoria, para que eu possa criar o Rafael da melhor maneira, que ele seja um homem correto, bom caráter, honesto, trabalhador e etc... e que só bata se realmente não houver outro meio de educá-lo.

Bjs pros dois.